Artigo: BBB – Big Bússola Brasil e as tendências da sociedade
Esse programa nos serve de bússola de tendências e aponta para onde nossa sociedade está rumando
Hoje, é a final do BBB. E o que pra muita gente pode não significar absolutamente nada, pra outros será um daqueles momentos inesquecíveis, como as finais de Copa do Mundo ou da Carminha… Em alguns anos vamos ouvir “Eu lembro exatamente onde eu estava quando a Juliette ganhou”, até porque, no meio de uma pandemia, é muito mais fácil saber onde estávamos, né? E é exatamente esse o (não) segredo das últimas duas temporadas: tá todo mundo em casa e com todos juntos, se torna mais fácil construir tendências!
O BBB, assim como o iFood e os mestres de obras residenciais, se beneficiou muito com a pandemia. Se em 2019 o programa teve uma de suas piores audiências, desde o ano passado tem batido recordes atrás de recordes. E a audiência na TV sequer é o que impressiona… Seu crescimento no online é muito maior e mais atrativo. Além das tendências de que a cada ano incluímos mais pessoas digitalmente (e isso foi hiper acelerado pela pandemia), misturar anônimos com fenômenos da internet era uma fórmula infalível.
Uma fórmula que não só funcionou, como teve por consequência algo que nem a Globo imaginava em seus melhores sonhos: o nascimento dos anônimos-fenômenos. Só a Juliette tem 23,4 milhões de seguidores do Instagram. Ela nem saiu da casa e já tem mais seguidores que a Grazi Massafera, que já saiu há 16 anos. Maior relevância, gera maior alcance, que gera mais cliques e views, que geram muita grana.
O BBB 21 teve FILA DE ESPERA de anunciantes e, claro, um faturamento recorde. Ou seja, o programa é um case de muito sucesso e tem de se respeitar sua equipe e seu formato. E que formato… Assim como qualquer game, o BBB envolve, estimula, influencia, ensina, vicia! Não há produto de mídia mais atrativo, gerador de tendências e engajador que os games e o BBB é o maior game do Brasil. E não qualquer game, um game da vida real.
Onde, apesar de ser um ambiente controlado e vigiado, o público certamente desenvolve sua empatia, entendendo um pouco mais sobre como funciona a cabeça das pessoas. E empatia é algo que está em falta hoje em dia…E, como tudo na vida, o jogo também tem seus pontos de melhoria.
A competição é longa e se inicia com 20 jogadores. É muito difícil acertar no atacado e encontrar tanta gente interessante o suficiente para manter a atenção do povo na telinha por 100 dias. Agora, gostando ou não do BBB, vale a pena dar uma espiadinha hoje à noite. Seja pelo entretenimento ou pelo olhar publicitário, pelo modelo de negócio ou pelo interesse no comportamento humano esse programa nos serve de bússola de tendências e aponta para onde nossa sociedade está rumando.
A boa notícia é que para quem já teve Kleber Bambam e Jean Wyllis como campeões, ter Camilla e Juliette no pódio certamente é uma vitória.
Flávio Stoliar é CEO da PlayerUm, uma startup de gamificação corporativa, e Podcaster do PlayerTalks, o primeiro podcast gamificado do mundo!
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